domingo, 7 de outubro de 2007

"Hasta Siempre Comandante!"

Erneto Che Guevara nasceu em 14/05/1928, e no dia , 9 de outubro, por rádio, veio a ordem de La Paz para que o executassem. O título acima também dá nome a uma obra prima da música cubana em que o compositor Carlos Puebla homenageia Che Guevara, o médico argentino que se propôs a lutar por um povo que ele nem sequer conhecia.Ernesto Guevara de la Serna, por obra do destino, conhece, no México, um certo Fidel Castro, que lhe faz um proposta indecorosa:
Lançar-se ao Golfo do México rumo a um país desconhecido junto com 81 companheiros para lutar contra mais de três mil homens apoiados militarmente pelos Estados Unidos.
O que um jovem recém-formado em medicina pela Universidade de Buenos Aires poderia dizer diante de uma proposta dessas?
A sensatez sugerida pela ordem teórica ditada pelo capitalismo nos levaria a imaginar que ele não aceitaria a proposta. Mas ele disse sim.
Começava ali a epopéia de um homem que mais tarde seria preconizado como o grande tutor da causa revolucionária.Ao desembarcar em Cuba o exército rebelde foi recebido por um bombardeio aéreo que o faz sofrer grandes baixas.
Reduzido a um contingente de 18 soldados feridos e mal armados, o grupo marcha para a legendária Sierra Maestra onde daria início a batalha de Davi contra Golias.
Aqueles jovens idealistas começavam ali o que se chamou de “A revolução impossível”.
Foi dada a partida para a mais romântica das empreitadas da esquerda latino-americana. Começava a Revolução Cubana.- Mas, por que ele disse sim? Essa é a indagação pairou sobre as mentes de muitas pessoas que não o conheciam mais profundamente.
– Mas o que diria o filho de uma família que via permanentemente a mesa de jantar rodeada de meninos pobres, fiéis escudeiros do filho mais velho. O que poderia dizer um médico recém-formado que ignora a possibilidade de adquirir automóveis importados e mansões.
Que parti em busca dos mais recônditos leprosários para trabalhar a troco de cama e comida? Qual resposta poderia dar um aventureiro que da garupa de uma motocicleta conhece toda a miséria e toda a sorte de exploração que possa recair sobre um povo que vive à sombra de um império? Como poderia reagir uma pessoa que se alimentava ideologicamente da indignação de ver um ser humano ser explorado por outro.
Não havia para ele outra resposta se não dizer sim a uma proposta que lhe tiraria da posição de observador para assumir a função de modificador de uma ordem pré-estabelecida.
Era chegada, portanto, a hora de cumprir aquilo que bradou seu comandante: “Em 1956 seremos livres ou seremos mártires”.
Quer saber o final dessa história? Eles se tornaram livres. O impossível aconteceu. Davi venceu Golias.
Aqueles 18 soldados que iniciaram a luta contra os três mil, venceram. A Revolução triunfou. Como dizia Che Guevara: “O extraordinário virou cotidiano”.
Ao aceitar a proposta de Fidel Castro, Che desafiou a Grande Potência do Norte que há décadas dominava econômica e politicamente a ilha. Venceram, expulsaram os americanos e deram um “mau exemplo” para toda a América Latina. É isso o que esbraveja a velha e resignada elite burguesa, doutrinada aos moldes do capitalismo. É essa verdade que certa revista brasileira e a mídia neoliberal desejam subverter. É esse exemplo que pasquins a serviço da classe opressora desejam apagar.
Depois da malfadada campanha contra o MST, contra as ONG’s e contra todo e qualquer movimento social, eis que a revista Veja vem tentar subverter a verdade histórica, mas dá um tiro no próprio pé: Na passagem dos 40 anos da morte de Che Guevara ela diz: “Por suas convicções ideológicas, Che tem seu lugar assegurado na mesma lata de lixo onde a história já arremessou há tempos outros teóricos(...)”.
Há dez anos atrás, no 30º aniversário da morte de Che, a revista tinha outra opinião: “Che Guevara (...) era bonito, destemido e morreu jovem, defendendo conceitos igualmente jovens, como a solidariedade e a justiça social”.
O filósofo francês Jean-Paul Sartre classificou Che como “o mais completo ser humano da nossa era”.
Como escreveu Pablo Neruda, o poeta preferido de Guevara: "Podem matar as flores, mas, jamais acabarão com a Primavera".

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.r Luciano Soahttp://imagemeletra.blogspot.com/res

Um comentário:

Terno disse...

Hoje completou 40 anos de sua morte.

"Façamos a Chamada dos Guerreiros Camaradas
Aos Que sobreviverão ou tombaram na jornada" Cla Nordestino