1. Li uma matéria, neste domingo (10), no Correio Brasiliense, sobre a perda bilionária do comércio voltado à classe média que tem acumulado um prejuízo de quase 7 bilhões por ano. As perdas são provocadas, sobretudo, por integrantes da classe média, notadamente jovens, bem nascidos e, na maioria dos casos, universitários. Claro que os engravatados e senhoras de meia idade, as madames, fazem parte desta lista.
2. O que mais chama a atenção é que esse prejuízo e o crime de furto não aparecem nas estatíticas policiais, ao contrário do que aconteceria caso o mesmo acontecesse com a classe mais pobre. Os próprios vendedores afirmam o constrangimento da situação mesmo em flagrante e procuram a negociação com o criminoso e dizem não ao registro do fato.
3. Queria não ler isso no meu país, mas não tenho outra opção de chegar a conclusão, novamente, e que muitos já chegaram, de que há, de fato, a criminalização da pobreza e as malhas de responsabilização estão esgarçadas permitindo que a classe média passe ilesa por ela.
4. Vamos que vamos pensar com mais carinho sobre a nossa lógica de classificação do "criminoso".
(blog Fábio Silvestre)
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