quinta-feira, 28 de novembro de 2013

À Comunidade, amigos e eleitores, 

Venho expressar os meus sinceros agradecimentos pela votação obtida nesta eleição que me elegeu em primeiro lugar. 
Gratidão que estendo também à minha família e aos meus companheiros de luta ( A M O P A Z ), pela confiança depositada, e principalmente pela garra e determinação com que lutaram nesta eleição ao Conselho Municipal de Habitação mesmo debaixo de muita chuva. 

Mostramos a força política das nossas comunidades, Vila da Paz, Vila Cristina, Jardim Celeste, Campo de Luta, Itapira, Cruzeirinho, São Pedro, Jardim São Savério, Parque Bristol e Vila Livieiro. Ou seja todo Perímetro integrado Meninos 1. 

Agradeço a todos que confiaram seu voto a minha candidatura e da nossa companheira de Luta e candidata Eliandra Tadeu Gonçalves Tadeu Gonçalves, (Segunda colocada nas urnas).

Um forte abraço a todos e mais uma vez o meu muito obrigado.

HIP HOP ZUMBI 2013


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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

“Onde escondemos o ouro” já está à venda


Por: Ana Fonseca

confira como foi o lançamento do novo livro de Dinha!


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Um sábado muito marcante e especial para nós, do Coletivo Perifatividade, foi o dia 05/10. Quando esta grande autora, a qual admiramos muito, e que tem uma história cultural no Fundão do Ipiranga como nossa antecessora, é, no mínimo, de nos deixar muito felizes por estarmos próximos. Ainda mais quando não só a autora, mas a família, é nossa família também, e quando apoiamos a iniciativa e a organização da obra e do lançamento.
Não só para o Coletivo Perifatividade, mas para tod@s que acompanham a literatura periférica, Dinha é sem dúvida, admirada e inspiradora. Quem leu “De passagem mas não a passeio” (Edições Toró / Global Editora), primeiro livro da autora, sabe do que estamos falando. Mesmo quem está neste meio recente, e acompanhou o clipoético “De aqui de dentro da guerra”, poesia de Dinha, muito bem interpretada pelo Sarau dos Mesquiteiros e Rodrigo Ciríaco em parceria com mundo em foco.
Dinha lança seu segundo livro, “Onde escondemos o Ouro”, que é uma belíssima obra, da capa às poesias: a primeira obra pela editora Me Pariò Revolução, fundada por Dinha, Lindalva Oliveira e Sandrinha Alberti, se destaca por livros feitos de forma semiartesanal, e personalizados, com conteúdos com muita qualidade poética e militância.
No lançamento, que foi realizado no Mutirão do Jd. Celeste, além da exibição do clipoético, Dança Oriental com Ana Fonseca e suas alunas, Sarau Perifatividade, MC Terno e Diego, Silmara Silva e música com Fernando Teobaldo.
Lançamento lindo, para ficar na história e memória!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Lançamento novo livro da Dinha


Onde escondemos o ouro será publicado em Outubro






Seu primeiro livro, com tiragem inicial de 500 exemplares, praticamente esgotou-se em apenas 5 meses.
O novo livro será publicado pela Me Parió Revolução – o selo literário da Rede Poder e Revolução.
“O objetivo é que seja um livro bonito e de baixo custo, de modo a garantir o acesso, mesmo a quem não tem dinheiro pra investir na compra”, diz Dinha. Para tanto, o livro virá em formato pocket e será confeccionado de modo semiartesanal, com a ajuda de Sandrinha Alberti e Lindalva Oliveira, parceiras na criação da Me Parió.
 
O lançamento Será no dia 05/10/13, no Mutirão Jardim Celeste.
Participem.


QUANDO: 05/10, SÁBADO
HORA: 15HS (NÃO SE ATRASEM)
LOCAL: RUA MEMORIAL DE AIRES, 480 - AO LADO DA PARÓQUIA. PRÓXIMO À EE DR. ÁLVARO DE SOUZA LIMA

ONDE ESCONDEMOS O OURO - PROGRAMAÇÃO


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Liberdade, só a de Mandela





O poeta
declina de toda responsabilidade
na marcha do mundo capitalista
e com as suas palavras, intuições, símbolos e outras armas
promete ajudar
a destruí-lo
como uma pedreira, uma floresta
um verme.

Carlos Drummond de Andrade,
“Nosso Tempo”, in A Rosa do Povo, Editora Record, 2003




Quem pensa me conhecer, só porque leu os meus livros, engana-se. Quem quiser me conhecer não deve ler meus escritos. Os livros estão sempre sete anos atrasados, não dão conta de quem sou.

Exemplo: Meu primeiro livro, “De passagem mas não a passeio”, coleciona uma porção de poemas adolescentes que me apresentam como uma figura irônica e triste de dar dó. Sob uma aparência revolucionária encontramos poemas terrivelmente neoliberais. Libertinos, muito mais que libertários.
Ora, se tem uma coisa que me envergonha profundamente é isso: essa farsa revolucionária, essa vulnerabilidade feminina que os espertos costumam taxar de “libertação”.
Liberdade, ali, só a de Mandela. O resto é balela. Consumo.

Em “Onde escondemos o ouro” - livro que está pra sair –, idem . Embora já não haja aqui nem sombra do que fui, temos ainda a sugestão de um ser extremamente vingativo, pronto para dar o troco.
Sete anos de azar de novo. Não sou mais essa pessoa vingativa. Não quero o Ubiratan morto, embora queira ainda o meu Malote de volta.
Vingança pra mim nem fria nem quente. Na minha mesa só quero sementes que germinem e alimentem a vida em qualquer canto.
O que diz melhor de mim, talvez, sejam os zines. Por serem publicações pequenas, efêmeras e pontuais – simples – traduzem melhor os momentos, compõem mosaicos no tempo.

Mas, se é assim, porque publicar? Porque, se com tantos defeitos, vergonhas e arrependimentos, ainda gasto meu tempo e dinheiro publicando livros?
É porque, apesar dos erros, se salva o discurso. No conjunto, os poemas compõem mosaicos de cristais inquebrantáveis e apresentam o meu desejo de ser útil, de encontrar e reforçar a essência humana, revolucionária, em cada título, em cada página.
A contradição capitalista também mora em mim, apesar da minha luta diária contra esse sistema.
Se publico, é porque quando releio os poemas antigos algo de novo ainda tilinta bem no fundo desse beco esvaziado onde moramos.
E esse tilinto é azul pontilhado de vermelho: semeia a paz nesse campo minado de guerra.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Começo

                                             PEDRA DO CHAPÉU, MILAGRES CE

...e foi assim que eu vim ao mundo.

- Num golpe de sorte?
Não. De vento.
Minha mãe foi fecundada como flores numa fábrica de filhos
- frescos?
Secos.

Fomos dez, ao todo.

Milagres, foi só o começo.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

" De aqui de dentro da guerra"



Sarau dos Mesquiteiros em apresentação da esquete teatral do poema "De aqui de dentro da guerra", de Dinha, do livro "De passagem mas não à passeio"; no Sarau Perifatividade realizado no CEU Parque Bristol em 25/05/2013.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Me Parió Revolução


Acaba de nascer mais uma personagem na cena cultural e política da cidade de São Paulo, é a Me Parió Revolução, o selo editorial da Rede Poder e Revolução e do Coletivo Perifatividade.
Idealizado e executado por mulheres, o selo se propõe a editar livros “semiartesanais, bonitos de encher os olhos e a alma, mas sem esvaziar os bolsos”, como está descrito em sua página oficial no Facebook. A intenção é promover a leitura facilitando o acesso aos livros, e incentivando autores e autoras estreantes ou não a publicarem seus textos de forma independente.
Para tanto, a Me Parió se propõe a produzir livros de forma semiartesanal, de modo a que o produto final seja bonito, mas com baixo custo de produção, podendo ser vendido a preços bem mais em conta do que os praticados pelas editoras comuns.
O grupo pretende também disponibilizar gratuitamente ebooks e audiolivros em português e traduzidos para outros idiomas.
A venda dos livros impressos custeará, além de novas publicações, as ações dos coletivos Poder e Revolução e Perifatividade, como a reocupação do Maloca Espaço Cultural e a Biblioteca Comunitária Livro-pra-que-te-quero.
O primeiro lançamento está previsto para os meses de Agosto ou Setembro de 2013. Será o segundo livro Onde escondemos o ouro, da Dinha (autora do livro De passagem, mas não a passeio, Global, 2008). Na fila, aguardando verba, estão alguns infantojuvenis, mais poesia, com Dinha e Paulo Rams e outros.

Me Parió Revolução: Literatura, Crítica, Artes, Política e algo mais

sábado, 18 de maio de 2013

Não há capitalismo sem racismo




A cor do privilégio

Falando de modo grosseiro, luta de classes é o embate travado entre empregados e patrões. Os primeiros tentam se libertar da exploração econômica e os últimos tentam mantê-la, pois dela advém o seu lucro. Entre ambos temos a classe média tentando equilibrar-se entre seu pouco dinheiro e seu horror aos pobres.
Nos tempos em que o espectro do comunismo rondava mais de perto o Brasil muitos dos meus amigos viviam em estado de terror, pois a propaganda oficial dizia que, nesse horroroso sistema, quem porventura fosse dono de duas casas teria de doar uma, quem tinha dois carros, teria que se desfazer de um, e assim por diante. Mas o medo dos meus amigos sempre me pareceu bastante infundado, já que todos eles moravam em barracos apertados na beira do córrego.
O medo deles e das outras pessoas era, na verdade, apenas uma reprodução do discurso das elites nacionais. Discurso esse estrategicamente plantado para manter o domínio de uma classe sobre a outra – já que o maior medo das elites sempre foi, justamente, a emancipação financeira dos pobres. Pobres libertos significa ricos encarcerados. E como no Brasil, via de regra, ser negro é ser pobre, a luta de classe se revelará também como luta de raças. Assim, o racismo seria também uma faceta da luta de classes.
Nesse viés, temos, de um lado, as pessoas socialmente brancas (a elite de pele clara e cabelos claros ou tingidos à força) colhendo os frutos de séculos de escravidão e racismo, com maior poder aquisitivo, mais anos de estudos, maior expectativa de vida, etc; e de outro temos o povo negro (composto por pretos e pardos), inversamente, com renda inferior à dos brancos, menos escolaridade, etc.
Se o maior medo subjetivo da pessoa negra é o retorno aos tempos malditos da escravidão. O maior medo da pessoa branca é o de um dia assumir o papel daquele que foi escravizado.
Além disso, pessoas socialmente brancas acreditam, de certa forma, que perder os privilégios trazidos pelo racismo equivale a ser aprisionado. Isto é, sabem que a libertação dos negros está intimamente ligada à sua prisão. Por que não viveriam sem os privilégios estabelecidos. Não é de graça sua posição reacionária diante da discussão antirracista e de políticas afirmativas como as cotas, por exemplo.
A igualdade racial tende , por exemplo, a tirar dos brancos o título de beleza padrão, diminuir seu acesso ao ensino superior e aos papéis socialmente valorizados. Busca-se, de todas as formas, manter as coisas como estão, pois o despertar massivo da negritude geraria conflitos.
As mesmas pessoas que compreendem o embate iminente proveniente da tomada de consciência do povo negro, fingem desconhecer o fato de que já existe um conflito posto onde negros e negras são sistematicamente vitimados.
Assim, o povo branco tende a demonstrar desprezo diante das dores causadas pelo racismo, tendem a se incomodar mais quando encontram um negro em posição de poder do que quando o vê na lama. Usam o desprezo como arma do racismo...
Se os brancos brasileiros não criaram a KKK tupiniquim, seu desprezo diante dos problemas do racismo impediu, por exemplo, que o cinema nacional, a música e a literatura se ocupassem da problemática do racismo, como acertadamente fizeram os Judeus ao financiarem os filmes antinazistas e, por isso, criaram um sentimento universal de repúdio ao nazismo que alimenta a vergonha da Alemanha diante do fato de ter protagonizado esse momento histórico.
Essas coisas fazem com que nos indignemos mais com os terrores do nazi-facismo do que com os da escravidão. Assim como nos incomodamos mais com a ditadura de 64/85 que deixou desamparadas cerca de 1000 famílias, do que com a ditadura atual a “democracia militar”, que desampara três a cada quatro famílias negras.
Além disso, as pessoas socialmente brancas não sentem uma só gota de vergonha pelo fato de o Brasil ter sido o último país no mundo a abolir a escravidão, nem de ter proibido os ex-escravos de comprarem suas próprias terras ou de terem acreditado durante muito tempo que no Brasil não havia racismo.
Então, não é que não percebam nada disso. A verdade é que toda vez que ouvem falar de racismo, é como se um velho fantasma lhes olhasse através do espelho, reprovando suas atitudes e ameaçando-os de vingança. Sentem um desconforto e só conseguem pensar em escapar das acusações, da perda de privilégios ilegítimos e da desvalorização social. Em suma, morrem de medo da possibilidade de ocuparem o lugar mais terrível do capitalismo que, no Brasil, historicamente tem sido empurrado ao povo negro.
Vale lembrar: nem todas as pessoas socialmente brancas são racistas - o que é ótimo -, mas ainda assim, colhem os privilégios advindos de uma sociedade pautada no preconceito baseado na cor da pele.
E os meus amigos, aqueles que temiam o espectro do comunismo, hoje em dia temem despertar o “fantasma dos conflitos raciais”. Nem percebem que já fazem parte dele, são as vítimas. Dormem tranquilamente, abraçados ao seu medo.

Du

domingo, 5 de maio de 2013

Documentário The Posse - nov 2000



nov 2000
O fosso entre ricos e pobres no Brasil é maior do que em qualquer outro lugar do mundo - e que a diferença é mais evidente na grande cidade de São Paulo, com seus 15 milhões de habitantes vivendo em condições que variam de penthouses 'milionários para cortiços infestados de ratos e favelas - favelas. Este é o lugar onde se encontra com a Posse Poder e Revolução - um grupo de seis jovens amigos, unidos por seu amor pela música rap, tentando fazer o melhor de suas vidas contra todas as probabilidades.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Admirável engano novo

(pra nós que continuamos vendo nossos irmãos não passarem da idade de "corte"
Para nós que ficamos na babel do Facebook, sonhando a revolução.)

Vai que um dia a gente acorda
e o morto não nos olha
da porta. As crianças soltam
bolhas de sabão.

Entretanto, estranhamente,
o nosso malote não volta
o pássaro estúpido
lhe emprenha de asas sem ouro.
Aristides é outro.

E os tantos meninos guardados
tão bem que já nem avançam em idade
multiplicam-se também...

Enquanto isso
guardamos em pixels
poucos, que é pra economizar espaço
os momentos guardáveis
em gigabytes
visíveis apenas em tela menor

um mundo inteirinho se abre
na palma da sua mão.

                                                                          .(Essa nova alma android
                                                                         e a nossa visão toda pocket
                                                                         não fazem revolução).