ela tentou passar sem culpa.
A chave de fenda na nuca
inda não surtia efeito.
Que jeito.
Do fim ao e-mail
sabia-se que sofria.
Nesse dia,
teve medo de morrer e não morria.
Chovia
cadáveres na Vila Alpina
- Ela passou e escutou gritos de dentro.
Lamentos
que lhe sorriam.
Sabia-se que calava.
uma palavra.
não ia.
Sabia que merecia
a lua inteirinha
sangrando debaixo do beco
(Vermelho rio de ternura
esgotando no bueiro).
Toda partida é começo?
Um comentário:
dinha,
saudades de tu
e de tua poesia.
ninguém escreve tão bem
como tu.
cadê teu próximo livro?
abraço
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