sábado, 1 de agosto de 2009
Os Verdadeiros funkeiros batem de frente com a Policia por seus direitos a cultura
Proibida por duas vezes consecutivas pela Polícia Militar, aconteceu neste domingo (26/7), enfim, a roda de funk no Santa Marta, em Botafogo. Organizada pela Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk), a roda reuniu, das 17 às 22h, mais de 500 pessoas que passaram pela favela da Zona Sul para o ato público em defesa da liberdade de expressão do funk e contra a criminalização do ritmo. Sob o comando da capitã Priscila, à frente da Unidade Pacificadora local, mais de uma dezena de PMs armados acompanharam de perto o encontro, do início ao fim. Teve policial que não resistiu e, mesmo fardado e armado, acabou dançando, ainda que discretamente, ao som animado da roda.
Entre um funk e outro, militantes do movimento discursaram contra as arbitrariedades cometidas pelo poder público para impedir funkeiros de trabalhar.
A Apafunk luta pela aprovação de dois projetos de lei, propostos pelo deputado estadual Marcelo Freixo, para garantir a livre manifestação do funk. Um dos projetos prevê a revogação de lei estadual, de autoria do deputado cassado Álvaro Lins, que atribui à PM o papel de autorizar ou não eventos do gênero. O outro projeto tem o objetivo de garantir a liberdade do funk por meio do reconhecimento oficial do ritmo como manifestação cultural.A roda chegou a ser anunciada e cancelada duas vezes desde 26/6 e só aconteceu neste domingo depois de muita negociação com a PM, que só concordou em autorizar a realização do ato depois que a Apafunk cogitou a possibilidade de entrar com mandado de segurança na Justiça para garantir esse direito constitucional.
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