Organizações sociais fazem manifestação nesta sexta-feira (13) para chamar atenção para serviços que atendem crianças, pessoas com deficiência e adultos abandonados
Por: João Peres
Publicado em 10/11/2009, 13:49
Última atualização em 13:49
Está marcado para sexta-feira (13) em São Paulo um ato contra as restrições feitas pela prefeitura de São Paulo às verbas para assistência social. As organizações sociais que prestam serviços ao setor reclamam que há três anos não recebem reajuste da administração de Gilberto Kassab (DEM-SP).
O orçamento apresentado pelo Executivo para o próximo ano prevê R$ 330 milhões para a assistência social, quantia considerada muito baixa para um total de R$ 28 bilhões. Nos cálculos do Fórum de Assistência Social da Cidade de São Paulo, o setor deveria receber em torno de R$ 1,5 bilhão para atender à população em situação de rua, às pessoas com deficiência, crianças, adolescentes e idosos.
O padre Lédio Milanez, integrante do fórum, entende que o Sistema Único de Assistência Social (Suas) em São Paulo está em situação de incapacidade econômica, “todos estão com o pires na mão”. Ele aponta que o ato público de sexta em frente à prefeitura é uma manifestação de defesa do setor, mas que o próximo passo é a paralisação.
O padre lembra que a assistência social atende diretamente 150 mil pessoas na capital paulista e que a alegação de falta de verba evidencia, na verdade, a prioridade das políticas públicas. “Assistência social sempre foi vista como questão de discurso apenas, mas não de compromissos políticos e de políticas públicas que transformem a realidade”, afirma.
Além da questão orçamentária, as organizações sociais querem manifestar o desagrado com o que chamam de “política higienista” da administração de Gilberto Kassab, que consiste em expulsar a população de rua das áreas centrais da cidade. O quadro dos ao menos 10 mil moradores de rua da cidade é espelhado na edição 39 da Revista do Brasil pelo repórter Marcelo Santos.
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