quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Chega de sofrimento na E.E. Dr. Álvaro

Comunidade Escolar unida exige o atendimento de suas reivindicações:

- Abertura imediata da sala de informática à disposição de professores e alunos
- Repasse de verbas para realização de obras emergenciais sob o controle da comunidade
- Contratação efetiva de funcionários em quantidade e condições adequadas para atender às necessidades da Escola
- Condições adequadas para os professores realizarem seu trabalho de ensino-aprendizagem

O descaso dos responsáveis pela Educação no Estado e por propiciar as condições adequadas para o ensino-aprendizagem, fizeram com que a situação na E.E. Dr. Álvaro de Souza Lima, no Jardim São Savério, se tornasse absolutamente insuportável, apesar dos enormes esforços de professores, funcionários e muitos pais e alunos.

Nossa Escola foi avaliada como uma das piores do Estado e como sempre tentam jogar a culpa nos professores e na comunidade escolar, quando estamos sendo tratados como cidadãos de quinta categoria.
Mesmo alegando que gastaram mais de R$ 1,5 milhão em reformas na escola; as condições são totalmente precárias, pois há salas sem portas; sem a iluminação adequada; sem qualquer manutenção, com o simples conserto de um portão demorando até meses para ser realizado.

O Estado cortou o repasse de verbas de manutenção da Escola há quase 10 anos, alegando erros na prestação de contas de um ex-diretor, mas quem paga a conta são os alunos e toda comunidade escolar: falta recursos para as necessidades mais elementares do funcionamento da escola.
Não há funcionários suficientes e a rotatividade é imensa por conta da criminosa política de terceirização do governo estadual (na qual os lucros são dos empreiteiros, enquanto os funcionários recebem salários miseráveis). Nesta semana fomos comunicados que a merendeira do noturno será dispensada e mais de 300 alunos ficarão sem a necessária alimentação. Os poucos funcionários que resistem são condenados à um verdadeiro “faz-tudo” e muitas vezes acabam com fadiga e estresse. Não há condições de segurança e higiene adequadas.

Enquanto o Estado faz propaganda de que nossa Escola tem “atendimento prioritário”, em pleno séc. XXI, sequer dispomos de uma sala de informática, não há laboratório e as aulas são dadas em condições semelhantes às do final do século XIX. Membros da DE Centro Sul, por diversas vezes prometeram providências, mas nada foi feito.
Trabalhando nessas condições super-precárias, os professores - já condenados pelos baixos salários e todo tipo de arbitrariedade promovida pelo governo (como o decreto ditatorial que acaba com as férias de 30 dias) - não têm condições adequadas de trabalho. Os resultados são as doenças ocupacionais, os pedidos de remoção e exoneração, falta de professores substitutos etc. etc. Ninguém consegue trabalhar de forma adequada em tal regime de desumano.

A gota d’água

Agravando essa situação, na semana em que São Paulo encontra-se em estado de alerta por conta da baixíssima umidade do ar, a Escola está há vários dias sem água e, mesmo assim, alunos, professores e funcionários foram submetidos a jornadas “normais”, ficando várias horas na Escola sem água para beber e sem as mais elementares condições de higiene e limpeza. Isso quando o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) e a Defesa Civil recomendam o aumento do consumo de água.
Diante dessa situação, professores, alunos, pais e funcionários resolveram se mobilizar e exigir providências imediatas dos órgãos competentes da Secretaria de Educação e do Governo do Estado.

Nossas reivindicações

- Fim do bloqueio das verbas de manutenção da Escola
- Realização das reformas necessárias nas salas de aula e demais espaços
- Imediata instalação e funcionamento da Sala de Informática da Escola;
- Repasse de verbas para solução imediata dos problemas da Escola; com a supervisão da Comunidade Escolar;
- Contratação imediata dos funcionários necessários para o devido funcionamento da Escola;
- Fim dos ataques aos professores: cancelamento da Resolução 44, reposição das perdas salariais e implantação imediata da jornada estabelecida em Lei com 1/3 de horas livres
Um convite a toda Comunidade Escolar
Uma escola pública de qualidade é direito de toda a população e dever do Estado. Ela e só pode ser conquistada por meio da mobilização de todos: estudantes, pais, professores e funcionários, contra aqueles que cortam da Educação, da Saúde e de outros serviços essenciais à população que paga seus impostos para satisfazer os interesses de um punhado de capitalistas sanguessugas e suas máfias políticas.

Para mobilizar toda a Comunidade e exigir das autoridades o atendimento das reivindicações, convocamos a reunião do Conselho de Escola para o próximo dia 19 – sexta feira – às 18h e a realização de um ato público de toda a comunidade para a próxima, terça-feira dia 23, à partir das 18h, seguido de passeata, saindo da frente da nossa Escola a partir das 18:30 horas.

Diante do estado de calamidade pública que atinge a Escola, deliberamos pela suspensão das atividades escolares no período noturno a partir das 20:30 - - todos os dias em que não haja água e condições de higiene adequadas e propomos aos professores, pais e alunos dos demais períodos que não aceitemos tais condições em nenhum dos períodos da escola.

UNIDOS SOMOS FORTES E VAMOS VENCER!

Sandrinha

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