sábado, 21 de julho de 2007

Homenagem a Zé Limeira Poeta do Absurdo

Regina: Voltei...
Eu fiz muita coisa no ano que vem
Criei minhoquinhas pra vender no bar
E umas lacraias ensinei a dançar
Pra se apresentarem no Bar Big Bem.
Dali muitas lesmas saíram, também,
Direto à escola para estudar
Elas queriam assim se formar
Em astros pra irem pro Estados Unidos
Dançarem na Broadway com Jackson unidos
Depois regressarem pro fundo do mar.
Compadre Lemos: Ah, é?... Então toma essa:
Eu fiz um Martelo, no mar, em Sextilhas,
Eu fiz um Galope, em Dez Pés de Quadrão,
Usando da prosa, eu fiz um Moirão,
Casei Patativa com minhas três filhas!
Eu sou o autor dessas dez Maravilhas
Do Mundo Antigo que está pra chegar,
Eu fui ao Futuro só pra recordar
A História Passada que vem por aí,
Um porre eu tomei, com mel de jataí
E curo a ressaca no fundo do mar!*****************************************Eu juro!...*****************************************Compadre Lemos.
Terno: Vou tenta tambem,
Licença !Eu fiz da minha morte
Um banco de hora
Tirei o azar da sorte
E no deserto reguei a flora.
Não muito contente
Fiz o sol lacrimejar
A chuva cozinhou gente
Alagando o Ceara.
Não ha morte que mate
Nem vida na atmosfera
Eu monto em sombração
Benzendo a besta fera.
Henrique:
Agora o galope tem duzentos versos
Contando atras que vem lá da frente
Também quem mandou provocar o repente
Aqui eu proponho os poemas inversos
Que falam absurdos e mesmo reversos
Provocam alegria de tanto aclamar
Um tal Zé Limeira que vem reclamar
A ordem no verso que nasce maluco
É aí que eu gosto do canto do cuco
Que canta em galope na beira do mar
Comunidade Desafio de Cordel