Esta é a única biblioteca aberta ao público em uma área de que compreende 14 bairros e que tem uma população de 80 mil pessoas. Será fechada no próximo 10/10/2008. Ajude-nos a mantê-la funcionando. Comente.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
os protestos....
vinimax // 26 de setembro de 2008 às 16:36
venho deixa todo meu apoio a toda familia enraizados pois a Maloca com fé em DEUS (JAH)PERMANECERA NO SEU LUGAR PROSSEGUINDO COM SEU EXELENTE TRABALHA DE EDUCAÇÃO CULTURAL COM BASE NO VERDADEIRO HIP HOP
2 GOG // 26 de setembro de 2008 às 17:00
Salve a todos!
Isso é um absurdo rapaz, estou estarrecido!Vocês podem contar comigo para o que der e vier Camaradas.Mais uma vez fica exposto, de forma clara e infeliz, a falta de critério e sensibilidade dos “Governantes”.
Até a vitória…
3 Marco // 26 de setembro de 2008 às 17:38
Eu acho um verdadeiro absurdo trans forma em cCreches um local no qual informa leva cultura aos jovens e criança .No meu ponto de vista deveriamos nos uni e protesta contra essa mudança, num espaço que nos proporciona tantas ativiades .culturais e informativa .me revolto no que for preciso estarei sim para esta reinvidicando contra essa mudaça absurda.
4 Marco // 26 de setembro de 2008 às 17:41
se for possivel gostarias de sabe como posso esta comparesendo a maloca. moro em guarulhos e gostarias de esta fazendo uma visita .paz fico no aguardo de um retorno
5 beto ehongue // 27 de setembro de 2008 às 14:02
mesmo de longe, sinto bem de perto o resultado desse grande trabalho realizado por esse grupo (ENRAIZADOS), portanto qualquer esforço ou espaço q possibilite essa continuidade vale muito.
ENTÃO… OCUPAR A MALOCA, É OCUPAR A CABEÇAS DE DEZENAS DE JOVENS COM IDÉIAS BOAS E CONTRUTIVAS.
FORÇA GALERA.da família NEGOKAAPOR em São Luís (MA).
beto ehongue
6 Fernanda // 27 de setembro d 2008 às 23:47
É um absudo, mas para mim não é surpresa, desde quando os governantes estão interessados em cultura, para eles quanto mais ignorância melhor, assim é mais facil para manipular a população garente. Vamos torcer para que essa situação seja modificada, até entendo a necessidade de creches, mas aonde fica a cultura minha gente!!!!!!!.
7 Re.Fem // 28 de setembro de 2008 às 10:39
Cultura é informação…Cultura é formação…Cultura é poder…É claro que não é interessante para o estado ter um espaço de poder dentro de uma comunidade…Isso é perigoso…Vai que a galera acorda e se liga que é a maioria?
Então galera a parada é se mostrar maioria!!!Tamus juntus… Até o fim!
venho deixa todo meu apoio a toda familia enraizados pois a Maloca com fé em DEUS (JAH)PERMANECERA NO SEU LUGAR PROSSEGUINDO COM SEU EXELENTE TRABALHA DE EDUCAÇÃO CULTURAL COM BASE NO VERDADEIRO HIP HOP
2 GOG // 26 de setembro de 2008 às 17:00
Salve a todos!
Isso é um absurdo rapaz, estou estarrecido!Vocês podem contar comigo para o que der e vier Camaradas.Mais uma vez fica exposto, de forma clara e infeliz, a falta de critério e sensibilidade dos “Governantes”.
Até a vitória…
3 Marco // 26 de setembro de 2008 às 17:38
Eu acho um verdadeiro absurdo trans forma em cCreches um local no qual informa leva cultura aos jovens e criança .No meu ponto de vista deveriamos nos uni e protesta contra essa mudança, num espaço que nos proporciona tantas ativiades .culturais e informativa .me revolto no que for preciso estarei sim para esta reinvidicando contra essa mudaça absurda.
4 Marco // 26 de setembro de 2008 às 17:41
se for possivel gostarias de sabe como posso esta comparesendo a maloca. moro em guarulhos e gostarias de esta fazendo uma visita .paz fico no aguardo de um retorno
5 beto ehongue // 27 de setembro de 2008 às 14:02
mesmo de longe, sinto bem de perto o resultado desse grande trabalho realizado por esse grupo (ENRAIZADOS), portanto qualquer esforço ou espaço q possibilite essa continuidade vale muito.
ENTÃO… OCUPAR A MALOCA, É OCUPAR A CABEÇAS DE DEZENAS DE JOVENS COM IDÉIAS BOAS E CONTRUTIVAS.
FORÇA GALERA.da família NEGOKAAPOR em São Luís (MA).
beto ehongue
6 Fernanda // 27 de setembro d 2008 às 23:47
É um absudo, mas para mim não é surpresa, desde quando os governantes estão interessados em cultura, para eles quanto mais ignorância melhor, assim é mais facil para manipular a população garente. Vamos torcer para que essa situação seja modificada, até entendo a necessidade de creches, mas aonde fica a cultura minha gente!!!!!!!.
7 Re.Fem // 28 de setembro de 2008 às 10:39
Cultura é informação…Cultura é formação…Cultura é poder…É claro que não é interessante para o estado ter um espaço de poder dentro de uma comunidade…Isso é perigoso…Vai que a galera acorda e se liga que é a maioria?
Então galera a parada é se mostrar maioria!!!Tamus juntus… Até o fim!
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Violencia policial Na vila Livieiro
21 de setembro, inicio de primavera, domingo a tarde, Vila Liviero, Zona Sul de São Paulo. Como é o 3º domingo do mês tenho reunião do Movimento de Moradia ao qual participo alguns anos a mesma começa às 15hrs, mas a caminho da reunião que é realizada no Jardim São Savério vejo uma movimentação diferente e comentários dos trausentes de que um rapaz está sendo agredido fisicamente por policiais...ali perto do supermercado DIA que tem ali na favela.
Havia um montão de gente a observar a cena, porém e infelizmente ninguém se aproxima muito, talvez seja pq aproximar-se possa significar envolover-se....não sei....
O jovem aparentava uns 25 anos, negro...além disso se encontra na periferia...
Eu tb mantive certa distância, talvez não quizesse me envolver... pensei... mas ao menos passarei bem perto para que os policiais notassem que haviam pessoas olhando uma tentativa minha para que não abusassem mais do que estavam abusando....
o rapaz esta até algemado, será que ele era tão perigoso assim???
Eram quatro os policiais que o agrediam entre eles uma policial feminina....
quando estava me aproximando tinham enfiado o rapaz na viatura com todo educação e não violência que eles NÃO TÊM.......
mas as pernas estavam para o lado de fora e mesmo totalmente imobilizado continuavam dando pontapés no rapaz.......
Fiquei tão nervosa...
que disse calmamente que o comportamento deles era um abuso de autoridade...
pra não dizer outra coisa.....
os policiais gritavam dizendo QUE AS PESSOAS SÓ SABEM ATRAPALHAR, QUE NÃO OS DEIXAM CUMPRIR SEUS DEVERES...... QUE ELES ... SÓ ESTAM CUMPRINDO ORDENS.......
e que se eu achasse que aquilo era um abuso de autoridade que os acompanhasse até a delegacia.....
E pra finalizar no momento que terminaram de enfiar o jovem na viatura, um dos policiais vira e me diz:
- VCS TÊM A POLICIA QUE MERECEM!!!!.......
SANDRINHA....
A QUE NÃO QUER SER MERECEDORA DESTA POLICIA QUE ESTA NAS RUAS....
Havia um montão de gente a observar a cena, porém e infelizmente ninguém se aproxima muito, talvez seja pq aproximar-se possa significar envolover-se....não sei....
O jovem aparentava uns 25 anos, negro...além disso se encontra na periferia...
Eu tb mantive certa distância, talvez não quizesse me envolver... pensei... mas ao menos passarei bem perto para que os policiais notassem que haviam pessoas olhando uma tentativa minha para que não abusassem mais do que estavam abusando....
o rapaz esta até algemado, será que ele era tão perigoso assim???
Eram quatro os policiais que o agrediam entre eles uma policial feminina....
quando estava me aproximando tinham enfiado o rapaz na viatura com todo educação e não violência que eles NÃO TÊM.......
mas as pernas estavam para o lado de fora e mesmo totalmente imobilizado continuavam dando pontapés no rapaz.......
Fiquei tão nervosa...
que disse calmamente que o comportamento deles era um abuso de autoridade...
pra não dizer outra coisa.....
os policiais gritavam dizendo QUE AS PESSOAS SÓ SABEM ATRAPALHAR, QUE NÃO OS DEIXAM CUMPRIR SEUS DEVERES...... QUE ELES ... SÓ ESTAM CUMPRINDO ORDENS.......
e que se eu achasse que aquilo era um abuso de autoridade que os acompanhasse até a delegacia.....
E pra finalizar no momento que terminaram de enfiar o jovem na viatura, um dos policiais vira e me diz:
- VCS TÊM A POLICIA QUE MERECEM!!!!.......
SANDRINHA....
A QUE NÃO QUER SER MERECEDORA DESTA POLICIA QUE ESTA NAS RUAS....
PROTESTE!!!! A MALOCA NÃO PODE MORRER
OLÁ, GENTE DO BEM!
Recebemos do CDHU o comunicado de que deveremos DESOCUPAR o maloca espaço cultural até o dia 10/10/2008. Assim, sem mais nem menos. A Maloca vai virar uma creche.
Achamos ótimo mais creches... temos filhos, sobrinhos, vizinhos pequenos cujas mães trabalahm e necessitam de local apropriado para os pequeno e pequenas.
Mas, enquanto temos 6 creches públicas no entorno, não temos nenhum centro cultural, nenhuma bibioteca, espaço para ensaio de bandas, reuniões dos grupos, etc. Quem conhece, sabe bem do que estou falando.
Os livros serão encaixotados, até conseguirmos dinheiro para construirmos um barraco.
Por isso, se puder contribuir com materiais de construção, mão de obra, DIVULGAÇÃO, dinheiro, ou simplesmente com seu protesto, deixe-o registrado aqui.
Item Atividades que serão interrompidas
1 Oficina de graffiti
2 Oficinas de leitura
3 Oficinas de Mc (Hip Hop)
4 Oficinas de Higiene para Meninas
5 Feijoadas comunitárias
6 Ensaios de bandas e outros grupos musicais
7 Campinho de futebol
8 Empréstimo de livros de uma “Biblioteca com 400 sócios”
9 Aulas de Espanhol
10 Aulas de Desenho
11 Reuniões e oficinas do Programa “Ação Família”,
12 Aulas do Mova (Movimento de Alfabetização de Adultos)
13 Mutirões de limpeza
14 Encontros de Free Style (hip hop)
15 Distribuição de preservativos e informativos sobre DST-AIDS
16 Artesanato
17 Discussões sobre direitos humanos
18 Saraus literários
19 Exibição de filmes
20 Eventos sobre Consciência Negra
21 Grupo de Estudos sobre Educação e Resistência
Recebemos do CDHU o comunicado de que deveremos DESOCUPAR o maloca espaço cultural até o dia 10/10/2008. Assim, sem mais nem menos. A Maloca vai virar uma creche.
Achamos ótimo mais creches... temos filhos, sobrinhos, vizinhos pequenos cujas mães trabalahm e necessitam de local apropriado para os pequeno e pequenas.
Mas, enquanto temos 6 creches públicas no entorno, não temos nenhum centro cultural, nenhuma bibioteca, espaço para ensaio de bandas, reuniões dos grupos, etc. Quem conhece, sabe bem do que estou falando.
Os livros serão encaixotados, até conseguirmos dinheiro para construirmos um barraco.
Por isso, se puder contribuir com materiais de construção, mão de obra, DIVULGAÇÃO, dinheiro, ou simplesmente com seu protesto, deixe-o registrado aqui.
Abaixo, posto uma lista de atividades que serão interrompidas com a perda do espaço.
Item Atividades que serão interrompidas
1 Oficina de graffiti
2 Oficinas de leitura
3 Oficinas de Mc (Hip Hop)
4 Oficinas de Higiene para Meninas
5 Feijoadas comunitárias
6 Ensaios de bandas e outros grupos musicais
7 Campinho de futebol
8 Empréstimo de livros de uma “Biblioteca com 400 sócios”
9 Aulas de Espanhol
10 Aulas de Desenho
11 Reuniões e oficinas do Programa “Ação Família”,
12 Aulas do Mova (Movimento de Alfabetização de Adultos)
13 Mutirões de limpeza
14 Encontros de Free Style (hip hop)
15 Distribuição de preservativos e informativos sobre DST-AIDS
16 Artesanato
17 Discussões sobre direitos humanos
18 Saraus literários
19 Exibição de filmes
20 Eventos sobre Consciência Negra
21 Grupo de Estudos sobre Educação e Resistência
SÃO 21 ATIVIDADES... É MOLE, OU QUER MAIS...
QUEREM É QUE A JUVENTUDE MORRA, ISSO SIM!
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
HIP-HOP ZUMBI
Vem ai no dia 30/11/2008
9° HIP-HOP ZUMBI
No mes da consciencia negra, o nucleo cultural poder e revolução, ira trazer ate a comunidade do Jd São Saverio, PQ Bristol e Vilieiro.
Samba
RAP
Regae
Rock
Tudo ao vivo e de graça:
Aguardem>>....
Caso voce queira, ou conheça alguem que tenha o interesse de ajudar em nossos projetos, entre em contato:
tel: 2335-5167 Maciel
Estamos aceitando qualquer valor, que sera destinado para a construção de uma asala que futuramente sera nosso espaço cultural;
Com biblioteca, dança, musica, oficinas e debates.
sábado, 20 de setembro de 2008
Como Foi areunião com A Eletropaulo
Chegamos ao local Maloca as 12:30 como foi combinado entre a empresa e a comunidade:
Eles atrazaraõ 1 hora, mas chegaram.
O Maloca ficou lotado e não teve cadeira para todo mundo.
* Começou uma palestra falando sobre riscos e segurança na Rede.
Falaram sobre as mudanças nos medidores de energia eletrica.
* Vai haver visita da eletropaulo em cada residencia, cadastrando cada familia, e é aconselhado que se peça o numero de relogio necessario para cada familia, caso haja mas de uma na mesma casa ex.(quando uma mora em cima e outra na parte de baixo).
** Os tres primeiros meses, de adptação os moradores pagaram por apenas 150 Kilo wats mes. depois disso cada um paga o que consumir.
è aconselhado que procurem programas do Governo para moradores de baixa renda, tal como: Bolsa familia, renda minima etc.
** As contas que estão atrazadas, serão caducadas, (Não serão mas cobradas). então ninguem deve por enquanto NADA a Eletropaulo.
** Quem mora no barraco, mas a conta esta em nome de terceiros, ira regularizar para o seu nome, e o antigo dono estara livre da divida, caso exista.
** Quetionamos a Eletropaulo sobre a iluminação nos becos e vielas, ja que quem ilumina esses corredores é o proprio morador, que puxa um bico de luz, MAS A RESPONSABILIDADE E DA PREFEITURA,
Nos responderam que a eletropaulo vai fazer este serviço colocando luminaria, mas não a curto prazo, pois esta é uma responsabilidade da (ILUME), e que apesar da eletropaulo fazer esti por nós, não terão como fazer a manutenção e nem os reparos.
POR ISSO NOS ORGANIZAREMOS E COBRAREMOS A PREFEITURA.
O Cadstramento começara na segunda feira dia 22/09.
SEM MAS
Eles atrazaraõ 1 hora, mas chegaram.
O Maloca ficou lotado e não teve cadeira para todo mundo.
* Começou uma palestra falando sobre riscos e segurança na Rede.
Falaram sobre as mudanças nos medidores de energia eletrica.
* Vai haver visita da eletropaulo em cada residencia, cadastrando cada familia, e é aconselhado que se peça o numero de relogio necessario para cada familia, caso haja mas de uma na mesma casa ex.(quando uma mora em cima e outra na parte de baixo).
** Os tres primeiros meses, de adptação os moradores pagaram por apenas 150 Kilo wats mes. depois disso cada um paga o que consumir.
è aconselhado que procurem programas do Governo para moradores de baixa renda, tal como: Bolsa familia, renda minima etc.
** As contas que estão atrazadas, serão caducadas, (Não serão mas cobradas). então ninguem deve por enquanto NADA a Eletropaulo.
** Quem mora no barraco, mas a conta esta em nome de terceiros, ira regularizar para o seu nome, e o antigo dono estara livre da divida, caso exista.
** Quetionamos a Eletropaulo sobre a iluminação nos becos e vielas, ja que quem ilumina esses corredores é o proprio morador, que puxa um bico de luz, MAS A RESPONSABILIDADE E DA PREFEITURA,
Nos responderam que a eletropaulo vai fazer este serviço colocando luminaria, mas não a curto prazo, pois esta é uma responsabilidade da (ILUME), e que apesar da eletropaulo fazer esti por nós, não terão como fazer a manutenção e nem os reparos.
POR ISSO NOS ORGANIZAREMOS E COBRAREMOS A PREFEITURA.
O Cadstramento começara na segunda feira dia 22/09.
SEM MAS
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Reunião Sabado ELETROPAULO E COMUNIDADE
Neste Sabado as 13 horas no Maloca Espaço Cultural tera reunião com a eletropaulo.
è muito importante a comunidade estar´presente.
_sera reorganizada as caixas e relogios de luz
= Nos pas sarão informes de como obter a taxa minima.
= Quando irão mexer nas caixas.
Compareçã, para juntos brigarmos por melhorias,
Senão só eles falam.
Maloca Espaço Cultural Antigo centro comunitario CDHU
è muito importante a comunidade estar´presente.
_sera reorganizada as caixas e relogios de luz
= Nos pas sarão informes de como obter a taxa minima.
= Quando irão mexer nas caixas.
Compareçã, para juntos brigarmos por melhorias,
Senão só eles falam.
Maloca Espaço Cultural Antigo centro comunitario CDHU
sábado, 13 de setembro de 2008
Viuva de Paulo Freire X Revista Veja
A todas e todos que conhecem ou ao menos escutaram falar de Paulo Freire e seu trabalho..pessoalmente não conheço todo seu trabalho, mas a revista Veja cada dia mais indigesta e totalmente tendenciosa no sentido mais cruel da palavra...faz o grande favor de desprezar e tentar defamar este senhor que concordando ou não com seu método contribui todavia para a formação de muitas e muitos que não tiveram as oportunidades que os JORNALISTINHAS VEJINHANOS tiveram.....
deixo aqui meu repúdio..........sandrinha
sandrinhappr@hotmail.com
VIÚVA DE PAULO FREIRE ESCREVE CARTA DE REPÚDIO À REVISTA VEJA
Publicado em 12 de setembro de 2008 às por CONCEIÇÃO LEMESN
a edição de 20 de agosto a revista Veja publicou a reportagem O que estão ensinando a ele?
De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira, ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho:'Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização.
Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein.
Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado'.
Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990, cujo título é Ceausescu no Ibirapuera.
Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.
Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:'Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país.
Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico.
Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.
Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam.
Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.
A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do 'filósofo' e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.
Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido – na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu 'Norte' e 'Bíblia', esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.
Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia.
Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!
São Paulo, 11 de setembro de 2008Ana Maria Araújo Freire'.
deixo aqui meu repúdio..........sandrinha
sandrinhappr@hotmail.com
VIÚVA DE PAULO FREIRE ESCREVE CARTA DE REPÚDIO À REVISTA VEJA
Publicado em 12 de setembro de 2008 às por CONCEIÇÃO LEMESN
a edição de 20 de agosto a revista Veja publicou a reportagem O que estão ensinando a ele?
De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira, ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho:'Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização.
Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein.
Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado'.
Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990, cujo título é Ceausescu no Ibirapuera.
Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.
Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:'Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país.
Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico.
Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.
Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam.
Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.
A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do 'filósofo' e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.
Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido – na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu 'Norte' e 'Bíblia', esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.
Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia.
Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!
São Paulo, 11 de setembro de 2008Ana Maria Araújo Freire'.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
DJ PRIMO Faleceu nesta segunda feira
O DJ Alexandre Muzzillo Lopes, 28 anos, conhecido como DJ Primo, morreu na madrugada desta segunda-feira em São Paulo, vítima de pneumonia.
Primo, que já trabalhou com nomes como Marcelo D2, Afrika Bambaata, Helião e Negra Li, entre outros, deu entrada no hospital por volta da 1h30 da manhã e morreu cerca de três horas depois.
O DJ começou a carreira em 1996 e desde 2002 morava em São Paulo, onde apresentava o programa Manos e Minas ao lado do rapper Rappin Hood.
O corpo de Primo deve ser enterrado em Curitiba, sua cidade natal.
Primo, que já trabalhou com nomes como Marcelo D2, Afrika Bambaata, Helião e Negra Li, entre outros, deu entrada no hospital por volta da 1h30 da manhã e morreu cerca de três horas depois.
O DJ começou a carreira em 1996 e desde 2002 morava em São Paulo, onde apresentava o programa Manos e Minas ao lado do rapper Rappin Hood.
O corpo de Primo deve ser enterrado em Curitiba, sua cidade natal.
sábado, 6 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Batalha de Freestyle / Preconceito Regional
M.A..M.U.T.I. O Poeta Glacial disse...
Bom,Quanto a batalhas de freestyle.1- Só não é permitido xingar a mãe (ERRADO)Nas batalhas consideradas sérias, a organização e o público abominam mc's que usem de preconceito regional, raça, credo e etc.(Vide Liga dos MC's Etapa São Paulo, em que MC Cabeção diz que o MC Jhon tinha cabeça de Bahiano, e o público vaiou-o levando-o a derrota na batalha...sem precisar ir muito atrás no tempo, na rinha dos mc's especial de 2 anos no holle club que ocorreu no dia 26 de Julho deste ano, o MC Jun BV falou da corrente de Oxalá do MC Leozinho e isso resultou na derrota do MC Jun...)Bom, so quero chegar no ponto de - o preconceito só sobrevive onde tem ibope, se o público repreende essa atitude o MC para, até porque na hora em que se está rimando estamos lá para agradar o público, quanto mais o público grita, mais o mc se empolga.
Bom,Quanto a batalhas de freestyle.1- Só não é permitido xingar a mãe (ERRADO)Nas batalhas consideradas sérias, a organização e o público abominam mc's que usem de preconceito regional, raça, credo e etc.(Vide Liga dos MC's Etapa São Paulo, em que MC Cabeção diz que o MC Jhon tinha cabeça de Bahiano, e o público vaiou-o levando-o a derrota na batalha...sem precisar ir muito atrás no tempo, na rinha dos mc's especial de 2 anos no holle club que ocorreu no dia 26 de Julho deste ano, o MC Jun BV falou da corrente de Oxalá do MC Leozinho e isso resultou na derrota do MC Jun...)Bom, so quero chegar no ponto de - o preconceito só sobrevive onde tem ibope, se o público repreende essa atitude o MC para, até porque na hora em que se está rimando estamos lá para agradar o público, quanto mais o público grita, mais o mc se empolga.
É amanhã !!!
É Amanhã !!!
Sarau do Caldo
O sarau mais delicioso de São Paulo
Participem !
Maloca Espaço Cultural
Rua Particular,556
Parque Bristol
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Batalha de Free Style / Preconceito Regional
O Hip Hop chega ao Brasil no finalzinho da década de 70 (época de ditadura militar) e já em meados dos anos 80 começa a apresentar suas primeiras produções. “Personagens” como Pepeu, Mc Pomel, Mc Jack, produzem um Rap descontraído, sem muitas críticas sócias, mas sempre atento às questões de raça de região. Após a segunda metade dos anos 80 (fim da ditadura militar) o Rap tem produções que denunciam, de forma direta e primeiro que qualquer outro tipo de arte no país, o racismos, a polícia e os ricos.
Nos anos 90 o Hip Hop ferve em todo país. Em São Paulo, no Vale do Anhagabaú, reuniam-se em um evento de Hip Hop cerca de 80 mil pessoas. No Palmeiras os eventos de Hip Hop eram lotados por deis, sete mil pessoas numa só noite. Apresentação após apresentação, discurso após discurso. As festas de rua e os famosos “Pedágios”, organizados por algumas emissoras de rádio, levavam para dentro dos bairros da periferia paulistana 15, 20 grupos de rap num só evento. Tudo isso acompanhado de grafite, break, música boa e uma boa dose de denúncia ao racismo, à polícia e aos ricos. Surgiram as Posses de Hip Hop (Força Ativa, Haussa, Aliança Negra e muitas outras). Reforçando ainda mais discussão política dentro do Hip Hop. Eu mesmo e minha família fazemos parte de uma que surgiu no final dos anos 90 e que persiste até hoje, a “Poder e Revolução”.
Quem é negro, quem é favelado sabe o quanto esse momento do Hip Hop contribuiu para a construção de nossa identidade e de nosso auto-estima. Quem está ou esteve atento ao cenário político sabe também que os shows no Anhangabaú foram proibidos porque a prefeitura de São Paulo passou a considerá-los perigosos demais, era muito e preto e pobre num só lugar. Os ricos, a polícia e os racistas tremiam na base diante da força coletiva e das fortes denúncias. Sabe também que o Hip Hop sério é feito para a classe pobre e pela classe pobre e que tem um compromisso com esta.
Aí, outro dia, presenciei no “Maloca Espaço Cultural”, em um evento que discutia racismo, uma batalha de Free Style e me deparei com um momento onde um tal mc Tampão se referia ao mais velho mc da quebrada do Parque Bristol, (MC TERNO) como: cearense da cabeça grande, cearense passa fome e outras piadinhas mais que muitas pessoas nascidas nas cidades, principalmente, de São Paulo e Rio de Janeiro costumam fazer contra o povo nordestino. Aí me lembrei do “Sabotage” que dizia: Rap é compromisso, não é viagem... . E fiquei com saudade daquele momento do Hip Hop, onde vários grupos que hoje estão no alto cenário da música invadiam os bairros de periferia e faziam shows mesmo com uma microfonia terrível e de graça. Aí me perguntei: Será que Hip Hop se distância do povão na medida em que vai se profissionalizando. Porque tenho observado que vários moleques entre dezesseis e vinte anos nunca participaram de um evento de Hip Hop. Nunca viram um show de rap ao vivo. Ficam paralisados na frente da TV vendo uma pa de DVD de rap dos EUA, que eles chamam de black, muitas vezes sem saber que black quer dizer preto. Desde que chegou ao Brasil o Hip Hop tem contribuído com os pretos e com os pobres. Não há nada nem ninguém no país que ofereça para a única classe que, constantemente, apanha da polícia, a única classe que só é explorada sem nunca explorar ninguém, auto-estima e identidade. Só o Hip Hop. Só o Hip Hop oferece ao povo da favela uma discussão política que não seja eleitoreira.
Por isso faço de novo a pergunta: Em batalhas de Free Style vale de tudo? O rap compromisso virou viagem?
Ass.: Du
Nos anos 90 o Hip Hop ferve em todo país. Em São Paulo, no Vale do Anhagabaú, reuniam-se em um evento de Hip Hop cerca de 80 mil pessoas. No Palmeiras os eventos de Hip Hop eram lotados por deis, sete mil pessoas numa só noite. Apresentação após apresentação, discurso após discurso. As festas de rua e os famosos “Pedágios”, organizados por algumas emissoras de rádio, levavam para dentro dos bairros da periferia paulistana 15, 20 grupos de rap num só evento. Tudo isso acompanhado de grafite, break, música boa e uma boa dose de denúncia ao racismo, à polícia e aos ricos. Surgiram as Posses de Hip Hop (Força Ativa, Haussa, Aliança Negra e muitas outras). Reforçando ainda mais discussão política dentro do Hip Hop. Eu mesmo e minha família fazemos parte de uma que surgiu no final dos anos 90 e que persiste até hoje, a “Poder e Revolução”.
Quem é negro, quem é favelado sabe o quanto esse momento do Hip Hop contribuiu para a construção de nossa identidade e de nosso auto-estima. Quem está ou esteve atento ao cenário político sabe também que os shows no Anhangabaú foram proibidos porque a prefeitura de São Paulo passou a considerá-los perigosos demais, era muito e preto e pobre num só lugar. Os ricos, a polícia e os racistas tremiam na base diante da força coletiva e das fortes denúncias. Sabe também que o Hip Hop sério é feito para a classe pobre e pela classe pobre e que tem um compromisso com esta.
Aí, outro dia, presenciei no “Maloca Espaço Cultural”, em um evento que discutia racismo, uma batalha de Free Style e me deparei com um momento onde um tal mc Tampão se referia ao mais velho mc da quebrada do Parque Bristol, (MC TERNO) como: cearense da cabeça grande, cearense passa fome e outras piadinhas mais que muitas pessoas nascidas nas cidades, principalmente, de São Paulo e Rio de Janeiro costumam fazer contra o povo nordestino. Aí me lembrei do “Sabotage” que dizia: Rap é compromisso, não é viagem... . E fiquei com saudade daquele momento do Hip Hop, onde vários grupos que hoje estão no alto cenário da música invadiam os bairros de periferia e faziam shows mesmo com uma microfonia terrível e de graça. Aí me perguntei: Será que Hip Hop se distância do povão na medida em que vai se profissionalizando. Porque tenho observado que vários moleques entre dezesseis e vinte anos nunca participaram de um evento de Hip Hop. Nunca viram um show de rap ao vivo. Ficam paralisados na frente da TV vendo uma pa de DVD de rap dos EUA, que eles chamam de black, muitas vezes sem saber que black quer dizer preto. Desde que chegou ao Brasil o Hip Hop tem contribuído com os pretos e com os pobres. Não há nada nem ninguém no país que ofereça para a única classe que, constantemente, apanha da polícia, a única classe que só é explorada sem nunca explorar ninguém, auto-estima e identidade. Só o Hip Hop. Só o Hip Hop oferece ao povo da favela uma discussão política que não seja eleitoreira.
Por isso faço de novo a pergunta: Em batalhas de Free Style vale de tudo? O rap compromisso virou viagem?
Ass.: Du
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
GOG Comenta batalha de Free Style / Preconceito Regional
Salve Du,
O tema que vc abordou é muito interessante e eu já havia percebido.
Nos idos de 2003 eu e o Flagrante do Realidade Cruel conversávamos sobre esse assunto e ele falou uma coisa interessante:
"- No freestyle falam o que querem, rapidamente, muitas vezes sem medir as palavras, mas na favela é diferente: Tem que pensar muito antes de falar, de agir.."
Na sequência eu disse para ele: Irmão esse é o Movimento Rap, que vende o artístico, e deixa de lado o debate sério. Nós somos do Movimento Hip Hop, e nossa origem, embora próxima, é diferente.
Hoje anos depois, percebo que muito pouca coisa mudou e que esse estilo, com raras excecões continua sem medir as consequências, pariorizando apenas a levada e a plástica.
Concluindo irmão, tal fato eleva ainda mais a responsabilidade do movimento hip hop em trabalhar temas, levantar discussões, ir a campo e conversar com nosso povo olho no olho.
Forte abraco, esse foi um bom tema e taí minha sincera opinião.
Com respeito,
GOG!
O tema que vc abordou é muito interessante e eu já havia percebido.
Nos idos de 2003 eu e o Flagrante do Realidade Cruel conversávamos sobre esse assunto e ele falou uma coisa interessante:
"- No freestyle falam o que querem, rapidamente, muitas vezes sem medir as palavras, mas na favela é diferente: Tem que pensar muito antes de falar, de agir.."
Na sequência eu disse para ele: Irmão esse é o Movimento Rap, que vende o artístico, e deixa de lado o debate sério. Nós somos do Movimento Hip Hop, e nossa origem, embora próxima, é diferente.
Hoje anos depois, percebo que muito pouca coisa mudou e que esse estilo, com raras excecões continua sem medir as consequências, pariorizando apenas a levada e a plástica.
Concluindo irmão, tal fato eleva ainda mais a responsabilidade do movimento hip hop em trabalhar temas, levantar discussões, ir a campo e conversar com nosso povo olho no olho.
Forte abraco, esse foi um bom tema e taí minha sincera opinião.
Com respeito,
GOG!
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