quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Poema de Horizonte

(pra Eduardo)

Tempo que não é de amor
é de guerra.
Calcula os segundos aí.
Cronista da angústia, ele espera
os dentes cravados na fera –
o fim desse tempo sem fim.

Cronista da angústia,
há segredos
que só o teu corpo entendeu
a chave de fenda na língua
o corpo jogado na esquina
a tua lista dos 100.

Cronista do amor
tua angústia
precisa ancorar estratégia
pra todo o futuro existir.

(E a vida fermenta os sentidos:
olho por olho
gente por gente
marfim por marfim.)

(Dinha)

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